Essa janela aberta,
Vejo o mundo em aquarela,
A chuva traz uma brisa
Tão fria e perfumada...
Essa manhã indecisa,
Tão cinza e tão bela,
Vejo da minha janela,
Onde os pensamentos vem e vão...
Quem é aquela a correr no parque
Querendo saúde e todo o bem?
E o velho sentado no banco,
Sempre à espera de alguém...
Eu vejo o homem na esquina,
Envolvido na solidão,
Apático e desprovido de emoção,
O mundo estão tão efêmero,
Doente e carente,
Jogado na ambição...
Minha janela mostra que o sol se pôs,
O mundo já vai dormir,
Sonhar com um amanhã,
Sem saber o que sentir,
Alguns choram em canto de quarto,
Outras estão no parto,
Trazendo mais um guerreiro,
Para tentar vencer na vida...
Minha janela eu fecho,
Vou dormir satisfeito,
Por mais um dia desse jeito,
Vendo a humanidade perdida...
Nilton Lôbo
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